Bilinguismo
Participantes
Adan Phelipe Cunha
USP/DLCV/FLP
Adan Phelipe Cunha
USP/DLCV/FLP
Doutorando em Letras (USP/DLCV/FLP). Investiga o bilinguismo eletivo e a cognição epistêmica dos professores de língua inglesa no contexto da Educação Bilíngue. Membro do Grupo de Pesquisa Linguagem e Cognição (LinC). Mestre em Linguística (USP/FFLCH/DL). Especialista em Ensino de Língua Inglesa (UFMG/FALE/CEI).
Orientadora: Prof.ª Dr.ª Maria Célia Lima-Hernandes.Comunicação oralBilinguismo
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BILINGUISMO ELETIVO E ENSINO DE LÍNGUA INGLESA NO BRASIL: CONSIDERAÇÕES INICIAIS PARA LINGUISTAS E PROFESSORES
Efetuamos algumas considerações sobre o ensino de língua inglesa no contexto brasileiro, a partir da perspectiva da realidade social do professor brasileiro e do bilinguismo. Caracterizando o bilinguismo como a utilização de duas ou mais línguas na vida cotidiana (GROSJEAN & LI, 2013), revisitamos o conceito de bilinguismo eletivo (BAKER, 2001) e alguns fatores sobre o ensino de língua inglesa no cenário brasileiro. As ponderações efetuadas neste ensaio consideram que o professor brasileiro de língua inglesa não costuma se perceber como um sujeito bilíngue, pois se compara ao falante nativo de língua inglesa, especialmente com aqueles falantes nativos advindos de países considerados hegemônicos (Estados Unidos e Reino Unido). Este professor pode considerar sua aquisição linguística incompleta ou imperfeita (GROSJEAN, 1989), em comparação a quem julga ser o verdadeiro falante ideal de língua inglesa (GONZALES, 2016). Esse professor também parece conceber as normas padrão como as únicas normas linguísticas existentes, por não considerar a variação e heterogeneidade linguísticas como realidades possíveis, desconsiderando que as gramáticas são emergentes (HOPPER, 1987), assim como é feito no debate não-científico sobre o português brasileiro. Quando refletimos sobre o “entremundos” e a “superdiversidade”, tão característicos de nossos tempos, inúmeros desafios surgem para a Linguística Teórica e Aplicada, bem como para a Psicolinguística e a Sociolinguística.
Palavra-chaves: Bilinguismo Eletivo. Ensino de Língua Inglesa. Sujeito Bilíngue. Repertório Linguístico. Superdiversidade.
Aleksandra Sergeevna Skorobogatova
USP
Vim da Rússia em 2015 com a vontade de aprender português. Hoje estou no terceiro ano de graduação no curso de Letras da USP. Interesso-me pelo bilinguismo. Faço iniciação científica nesta área, estudando os bilíngues que falam russo e moram no Brasil.
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VERBAL WORKING MEMORY EVALUATION IN RUSSIAN-BRAZILIAN PORTUGUESE BILINGUALS
Co-author: Anna Smirnova Henriques
In Brazil, learning of a second language (L2) by native Brazilian Portuguese speakers has been extensively explored, but studies on language processing and language interaction among bilinguals are quite recent. The late bilingualism of the first-generation immigrants has been studied mainly from the perspective of their difficulties in learning Brazilian Portuguese. Brazil has numerous communities of heritage speakers of many languages such as Japanese, German, Italian, Polish, Ukrainian, and Russian. However, the number of studies that focus on the bilingual speech of heritage speakers in Brazil is also quite limited. The aim of the current study is to evaluate the working memory in Russian-Brazilian Portuguese bilinguals as a function of the language and type of bilingualism. For this purpose, 49 first-generation Russophone immigrants and 28 older Russian heritage speakers, all residing in Brazil, were tested in Russian and Portuguese using a Month-Ordering task. We found that the working memory scores of the first-generation Russophone immigrants were the same in both languages, but the older Russian heritage speakers had lower scores in Russian than in Portuguese. As next steps, we plan to verify the relation between the working memory capacity and narrative production abilities of the older Russian heritage-Brazilian Portuguese bilinguals in their heritage and societal languages.
Keywords: Bilingualism. Heritage Russian. Working memory. Brazilian Portuguese as L2. Russophones.
Aline Casagrande Rosso
UNESC
Aline Casagrande Rosso
UNESC
Graduada em Letras pela Universidade do Extremo Sul Catarinense (UNESC). Mestra em Educação pela mesma IE. Doutoranda em Letras pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, sob orientação da Profa. Dra. Ana Beatriz Arêas da Luz Fontes. Interesses de pesquisa: leitura, leitura bilíngue, estratégias de leitura, acesso lexical bilíngue, interfaces entre neuropsicolinguística e educação.
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A RELAÇÃO ENTRE LEITURA BILÍNGUE E FUNÇÕES EXECUTIVAS: O QUE DIZ A LITERATURA
Coautoras: Ana Karina Paz Pereira, Ana Beatriz Arêas da Luz Fontes
Este estudo objetiva verificar, por meio de revisão teórica, quais são as relações possíveis entre leitura bilíngue e funções executivas, debatendo as implicações entre ambos os construtos. A leitura é um ato cognitivo complexo, que compreende níveis de processamento mais altos e mais baixos, bem como ativação de conhecimentos prévios e negociações de sentido. Na leitura bilíngue, ativam-se ambas línguas, e, para realizar a ação, necessita-se inibir uma delas, bem como manipular e armazenar temporariamente as informações que chegam. Isso se dá para que as adaptações linguísticas ocorram e a compreensão seja alcançada. Percebe-se, aí, portanto, o papel das funções executivas, uma vez que os seus três principais componentes – Memória de Trabalho, Controle Inibitório e Flexibilidade Cognitiva – auxiliam na tarefa leitora, manipulando, inibindo e adaptando as informações recebidas. Contribuem nesta discussão autores como Bialystok, Craik e Luk (2012), Diamond (2013), Dijkstra e Van Heuven (2002) e Tomitch (2003).
Palavra-chaves: Leitura bilíngue. Funções executivas. Controle inibitório. Memória de trabalho. Flexibilidade cognitiva.
Amanda Post da Silveira
UFMG
Doutora em Psicolinguística e Fonética Experimentais pelo Instituto Donders do Cérebro, Cognição e Compor-tamento da Universidade Radboud de Nijmegen nos Países Baixos. Doutorado reconhecido pelo Programa de Pós-Graduação em Estudos Linguísticos da UFMG no Brasil. Atuou como Professora Visitante de Língua Ingle-sa no Instituto de Línguas da UFSCar. Atua como coorientadora de iniciação cientifica no Departamento de Letras e coorientadora de doutorado no Programa de Pós-Graduação em Linguística da UFSCar como voluntá-ria. Atualmente, é pesquisadora independente.
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MODELOS PSICOLINGUÍSTICOS DE RECONHECIMENTO DE SONS DE FALA: O LUGAR DO ACENTO LEXICAL NO ACESSO LEXICAL DE L1 E DE L2
Este trabalho traz uma contribuição crítica sobre os modelos de reconhecimento de sons de fala, mais especificamente sobre o papel (quando existe em tais modelos) do acento de palavra tanto no sistema cognitivo tanto de monolíngues quanto de bilíngues no acesso lexical em fala contínua. Argumentaremos que em muitos dos modelos clássicos de reconhecimento de pala-vra não é previsto o papel do acento, coisa que modelos mais recentes têm tentado dar conta. Porém, evidenciamos que não há um modelo de representação, processamento e reconheci-mento de fala bilingue que explique o papel do acento de palavra. Mostraremos possíveis ca-minhos de como essa implementação pode ser feita, sem, contudo, exaurir as possibilidades. Esse trabalho pretende também trazer uma contribuição para a psicolinguística do bilinguismo, uma vez que traz uma revisão crítica de modelos de linha conexionista, tentando promover um debate entre partes que trabalhem nessa linha. Pretendemos apresentar mais discussões sobre a relação acento lexical e acesso lexical em futuros trabalhos que estão sendo publicados em sequência, da qual este trabalho faz parte.
Palavra-chaves: Modelos de reconhecimento de fala. Acento lexical Primário. L1. L2.
Felipe Furtado Guimarães
UFES
Felipe Guimarães possui doutorado em Linguística (UFES/Brasil & UPO/Espanha), mestrado em Gestão Pública (UFES) e graduação em Letras-Inglês (UFES). Atualmente é pós-doutorando na UEL, com apoio do CNPq/PDJ. Suas publicações incluem temas de pesquisa diversos, como: ensino de línguas; multilinguismo; políticas linguísticas; internacionalização; e comunicação intercultural. Recebeu prêmio do programa ‘Idiomas sem Fronteiras’ (IsF), por boas práticas no ensino de línguas na UFES (2015-2016).
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ENSINO DE ALEMÃO NO BRASIL: FOCO NA PRODUÇÃO DE CONHECIMENTO
Este estudo teve como objetivo analisar a produção de conhecimento sobre o ensino da língua alemã no Brasil. Para tanto, foi realizado um levantamento bibliográfico das publicações com essa temática, disponíveis na base de dados SciELO, compreendendo o período entre 2002 e 2021, resultando num corpus de 24 textos. Procedimentos de análise de conteúdo foram aplicados ao corpus, evidenciando nove temas/áreas amplas de pesquisa. Os resultados apontam que a maioria das produções está concentrada em uma única revista, com aumento na quantidade de artigos publicados no período analisado. Também foi observado um predomínio de autores vinculados a instituições situadas em São Paulo e Rio de Janeiro. A partir dos temas que emergiram do corpus, notou-se um predomínio de estudos sobre materiais didáticos e escolhas metodológicas. A conclusão sugere que sejam consultadas outras bases de dados e outras instituições, para identificar produções fora do eixo Rio/São Paulo. Além disso, os nove temas identificados nesta pesquisa apontam tanto para aspectos do ensino de alemão que carecem de mais pesquisas (por exemplo, análises históricas), quanto para aspectos que já estão mais consolidados como temas de investigação (por exemplo, materiais didáticos).
Palavra-chaves: Ensino de línguas. Alemão. Brasil. Produção de conhecimento.
Mediador(a)
José Ferrari Neto
UFPB
José Ferrari Neto
UFPB
José Ferrari Neto é Professor Associado da UFPB e membro do LAPROL. É mestre e doutor em Psicolinguística pela PUC-Rio, com pós-doutorado em Estudos da Linguagem na Unicamp. Têm orientado pesquisas nas áreas de processamento e aquisição da linguagem, com ênfase em estudos sobre processamento anafórico, leitura e memória de trabalho.