Olavo
Amaral
Ciência aberta: como e por quê
Olavo Amaral
UFRJ
Olavo Amaral é professor do Instituto de Bioquímica Médica Leopoldo de Meis da Universidade Federal do Rio de Janeiro desde 2009. É médico e doutor em Bioquímica, e costumava fazer pesquisa em neurobiologia da memória até se dar conta de que estudar a própria ciência para torná-la mais reprodutível era mais importante do que qualquer coisa que pudesse fazer no laboratório. De lá pra cá, se reinventou como ativista na área de reprodutibilidade e ciência aberta, e é embaixador do ASAPbio, entidade dedicada a promover transparência e inovação na comunicação científica. Também escreve ficção, arrisca a sorte como jornalista, e atualmente trabalha em um livro sobre as relações entre ciência e mercado na definição da fronteira entre saúde e doença.
Ciência aberta: como e por quê
Resumo » Olavo Amaral
A ideia de ciência aberta parte do princípio de que o conhecimento é um bem comum que deve ser compartilhado. Dito isso, diversas particularidades do ambiente acadêmico impõem obstáculos ao acesso e à confiabilidade do que é publicado, tais como um sistema de incentivos baseado na publicação e a carência de replicações independentes. Ainda que mudanças sistêmicas a nível de financiadores, instituições e periódicos sejam necessárias para a mudança deste panorama, boa parte do caminho para uma ciência mais aberta passa pelos próprios pesquisadores, e pode proporcionar mais recompensas do que sacrifícios. Nesta palestra, abordaremos alguns passos simples rumo a uma ciência mais acessível, transparente e reprodutível, a partir da experiência de diferentes áreas de pesquisa nesse sentido.