Ensino de leitura e escrita
Participantes
Claudia Stumpf Toldo
UPF
Professora de Língua Portuguesa e Linguística do Curso de Letras da Universidade de Passo Fundo e Professora e Coordenadora do PPGL – Mestrado e Doutorado em Letras na mesma Universidade. Realiza pesquisas em Teorias da Enunciação, principalmente, estuda as reflexões teóricas de Émile Benveniste. Pesquisadora CNPq. Orcid: 0000-0002-2960-0734; claudiast@upf.br
Comunicação oralEnsino de leitura e escrita
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O TEXTO: UNIDADE DE SENTIDO NO TRABALHO COM A LÍNGUA NA ESCOLA
O objetivo deste trabalho é propor uma discussão acerca da leitura e da escrita na escola, enquanto processos singulares de aprendizagens, ancorados numa visão enunciativa de linguagem. A fundamentação teórica que embasa este estudo, quanto aos princípios teórico-metodológicos, são as reflexões do linguista Émile Benveniste, especificamente os construídos em sua Linguística da Enunciação, compilados em suas duas obras de referência: Problemas de Linguística Geral I e II. Sabemos que os termos leitura e escrita não são objetos específicos de estudo de Benveniste, porém, com base em suas asserções sobre língua, linguagem, homem e sociedade, acreditamos ser possível um trabalho docente produtivo, em que ler e escrever se tornem atividades enunciativas nas quais locutores se propõem como sujeitos de seu dizer numa relação singular entre eu-tu-aqui-agora. A metodologia utilizada nesta proposta apresenta princípios qualitativo-metodológicos para uma análise de textos em diferentes situações de ensino de língua na escola, tomando-o como unidade de aprendizagem, especificamente nas atividades que envolvam a leitura e a escrita. A intenção é refletir sobre a formação de professores, observando suas atividades de análise, necessariamente enunciativas, com textos – nas suas dimensões de leitura e de escrita – na escola de educação básica.
Palavra-chaves: Leitura. Escrita. Ensino. Enunciação.
Darlene Ribeiro da Silva Andrade
UNICAP
Mestra em Ciências da Linguagem pela Universidade Católica de Pernambuco – UNICAP-PE (Bolsista-PROSUC/CAPES) – 2021. Atualmente é doutoranda em Ciências da Linguagem pelo Programa de Pós-Graduação em Ciências da Linguagem (PPGCL/UNICAP) – 2021. Membro do grupo de pesquisa GETE (Gêneros, Texto e Ensino) voltado para os estudos e pesquisas das novas abordagens de Gêneros Textuais. Docente, ministrando aulas de Língua Espanhola no Ensino Médio no Colégio Salesiano Sagrado Coração e no Instituto Santa Maria Mazzarello da Rede Salesiana de Escolas/Brasil.
Comunicação oralEnsino de leitura e escrita
Resumo » Darlene Ribeiro da Silva Andrade
MARCAS CULTURAIS NA ESCRITA DO GÊNERO RESENHA EM PORTUGUÊS E ESPANHOL: UMA ANÁLISE CONTRASTIVA
Este artigo é um recorte de minha dissertação de mestrado, defendida em 2021, cujo objeto de estudo foi a organização retórica do gênero resenha escrito em língua estrangeira. Os estudos com ênfase nos gêneros textuais no Brasil, no campo das Ciências da Linguagem e da Linguís-tica têm crescido e, assim, as diferentes formas de analisar textos no campo de estudo de gê-neros também evoluíram, inclusive na perspectiva contrastiva, analisando semelhanças e dife-renças dos textos. Para realizar uma análise contrastiva da organização retórica do gênero rese-nha escrito em português e em espanhol, o estudo baseou-se em um corpus de 40 resenhas acadêmicas, escritas por alunos brasileiros (estudantes de espanhol como língua estrangeira (LE)) e alunos argentinos (estudantes de português como LE do terceiro ano do ensino mé-dio). As resenhas foram analisadas a partir do modelo de organização retórica de resenhas, apresentado por Bezerra (2001) e inspirado no modelo “Criando um espaço de pesquisa” (CARS) (SWALES, 1990). Constatamos que há semelhanças e diferenças na escrita dos tex-tos em português e em espanhol como LE, assim como também há marcas específicas de cada cultura. Concluímos que a pesquisa poderá contribuir para uma compreensão mais abrangente acerca da organização retórica do gênero resenha e do trabalho com a escrita de alunos da Educação Básica em países da América Latina.
Palavra-chaves: Retórica contrastiva. Gêneros textuais. Resenha.
- Comunicação oral
Ensino de leitura e escrita
Resumo » Gesilda Marques da Silva Ramos
O USO DE ESTRATÉGIAS COGNITIVAS NA LEITURA E ESCRITA COMO FERRAMENTAS DA COMPREENSÃO TEXTUAL E PRODUÇÃO DE SENTIDOS
O presente trabalho tem como objetivo fazer uma abordagem didática de leitura e escrita relacionada à produção de sentidos e norteada por uma leitura compreensiva em sujeitos que estão em processo de formação acadêmica. No intuito de levá-los a ser leitores e escritores produtores de significados, tanto no texto lido quanto no escrito, enfatizamos também as estratégias cognitivas do aprendiz, ao entendermos que são de fundamentais importância na construção do significado e na compreensão textual. Para tanto, fazemos referência aos modelos de leitura de Goodman (1994), Ruddell e Unrau (1994) e Palincsar e Brown (GARCEZ, 2004) autores têm em comum a preocupação com a capacidade que o leitor tem de produzir significados e normalmente apresentam como elementos que os compõem: o leitor, o texto, o professor e o contexto de sala de aula. Na metodologia, analisamos três instrumentos de pesquisa, a saber, a produção do gênero carta de opinião, a reescrita e o diário reflexivo dos aprendizes. Assim, buscamos a possibilidade de levar o sujeito a usar estratégias cognitivas na construção de sentidos e na compreensão textual, para que seja capaz de acompanhar os avanços de seu aprendizado concernente à escritura em língua estrangeira. E, a partir dos resultados, em busca de protagonistas que produzem significados tanto no texto lido quanto escrito, entende-se que o sujeito é capaz de fazer uma avaliação crítica sobre seu próprio conhecimento e acompanhar os avanço.
Palavra-chaves: Leitura; Escrita; Estratégias cognitivas.
Rosana Mara Koerner
UNIVILLE
Rosana Mara Koerner
UNIVILLE
Doutora em Linguística Aplicada; Professora no Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade da Região de Joinville – SC.
Comunicação oralEnsino de leitura e escrita
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A ESCRITA ACADÊMICA EM CURSOS DE LICENCIATURAS: O QUE DIZEM PROFESSORES DE DISTINTAS ÁREAS DO CONHECIMENTO
Coautora: Adriana Fischer
Neste relato de pesquisa, foram examinadas atividades com a escrita em cursos de licenciaturas, considerando os gêneros solicitados, os objetivos pretendidos e as formas de encaminhamento. O objetivo foi compreender como os professores exercem o seu papel no processo de letramento acadêmico de seus estudantes. Para tal, foram analisadas respostas a entrevistas semiestruturadas realizadas com dois professores de cursos de licenciatura em uma universidade pública de Santa Catarina. Trata-se de fase exploratória de um estudo que se pretende mais amplo, desenvolvido a partir de uma abordagem etnográfica. Com base nas proposições teóricas dos estudos do letramento acadêmico (LEA; STREET, 2006; STREET, 2010; FISCHER; DIONÍSIO, 2011; SILVA; CASTANHEIRA, 2019), a análise dos dados evidenciou que, além dos gêneros típicos da esfera acadêmica, há outros sendo trabalhados, com a intenção de que os estudantes se sintam acolhidos, empoderados e neles possam projetar sua identidade. Os professores participantes do estudo assumem o seu papel neste processo, ainda que de forma difusa. Suas ações são pautadas por um genuíno interesse de que seus estudantes se insiram nas práticas acadêmicas e que nelas manifestem as suas vozes. Também é significativa a preocupação para com a constituição de uma identidade docente reflexiva.
Palavra-chaves: Professores de licenciaturas; letramento acadêmico; gêneros discursivos.
Simone de Fatima Colman Martins
UFPR
Doutoranda em Estudos Linguísticos pela UFPR. Mestre em Linguagem, Identidade e Subjetividade pela UEPG(2016). Graduada em Letras-Português pela UEPG (2001). possui 21 anos de experiência docente no Colégio Sagrada Família, onde atuou como alfabetizadora, professora de Português e Produção Textual no Ensino Fundamental 1, 2 e Médio e também como Coordenadora da Área. Atuou na Tutoria EAD no Curso de Letras/Espanhol da UEPG e realiza pesquisas sobre os temas “Avaliação em Língua Portuguesa” e “Produção Textual Acadêmica”.
Comunicação oralEnsino de leitura e escrita
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PRODUÇÃO TEXTUAL DE ACADÊMICOS CEGOS: AMARRAS LINGUÍSTICAS QUE IMPEDEM UMA EDUCAÇÃO DEMOCRÁTICA
Este artigo apresenta o recorte de uma pesquisa de doutorado em andamento, a qual visa investigar como acontecem os processos das produções textuais de acadêmicos cegos ou com baixa visão da APADEVI/PG (Associação de Pais e Amigos do Deficiente Visual em Ponta Grossa). A presente pesquisa iniciou-se em 2018 e obteve aprovação pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Paraná através do Parecer Consubstanciado no. 2.754.433. Dos nove estudantes que aceitaram participar da pesquisa, três concluíram a graduação em 2019, dois concluíram em 2020 e quatro ingressaram na universidade entre os anos 2019 e 2021. Metodologicamente, a pesquisa é qualitativa e os dados foram obtidos através de dois instrumentos: entrevistas de grupo focal e entrevistas individuais semiestru-turadas, todas foram realizadas nas dependências da APADEVI/PG. Neste recorte analisa-mos brevemente o contexto das produções dos Trabalhos de Conclusão de Curso (TCC), bem como os desafios e possibilidades que surgem no decorrer do processo da escrita. Como re-sultados parciais apresentamos relatos dos acadêmicos explicando o contexto da produção do TCC e de outras produções textuais específicas do campo universitário. Com isso, bus-camos ampliar o conhecimento sobre a realidade desses estudantes, refletir e entender sobre como podemos atuar diante dessas situações a fim de romper estereótipos, desconhecimen-tos e preconceitos em relação aos acadêmicos cegos e com baixa visão.
Palavra-chaves: Produção textual. Acadêmicos cegos/baixa visão. Língua(gens) invisibilizadas.
Adriana Nunes de Souza
IFAL, Campus Arapiraca
Adriana Nunes de Souza
IFAL, Campus Arapiraca
Possui graduação em Letras – Português – Licenciatura pela Universidade de São Paulo (1999), graduação em Letras – Português – Bacharelado pela Universidade de São Paulo (1998), mestrado em Letras e Linguística pela Universidade Federal de Alagoas (2010) e doutorado em Educação pela Universidade Federal de Alagoas (2018). É
professora efetiva da área de Linguagens e Códigos – Língua Portuguesa – do Ensino Médio, Técnico e Tecnológico do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Alagoas – IFAL, Campus Arapiraca. Professora e pesquisadora da Licenciatura em Letras – Português – IFAL – Campus Arapiraca; e, atualmente, exerce a função de
coordenadora do curso. Foi Coordenadora de Área – Língua Portuguesa – do Programa Institucional de Iniciação à Docência – PIBID, no Núcleo Arapiraca (CAPES/IFAL -2018/2020). Foi Coordenadora do curso de pós-graduação em Linguagem e práticas sociais – IFAL – Campus Arapiraca (até 2014). Tem experiência em Ensino de Língua
Portuguesa e Literatura; Linguística Textual; Linguística Aplicada; Literatura Brasileira; Literatura Portuguesa; Teoria literária; e em Metodologia da Pesquisa. Desenvolve pesquisas relacionas à leitura, letramento, ensino e literaturas de língua portuguesa na pós-graduação e na licenciatura do IFAL. É líder de grupo do GIELLPS – Grupo de investigação e Estudos em Língua, Literatura e Práticas Sociais. (CNPq/IFAL). Membro titular da área de Linguística no Conselho Editorial do IFAL; Membro do Conselho editorial da EDUFAL.Comunicação oralEnsino de leitura e escrita
Resumo » Adriana Nunes de Souza
LEITURA E PRODUÇÃO TEXTUAL NO ENSINO MÉDIO INTEGRADO: TEORIA E PRÁTICA
Coautora: Rosangela Nunes de Lima
O artigo discute a questão da leitura e da produção textual no Ensino Médio Integrado através do relato de experiência em pesquisa aplicada em um campus de um Instituto Federal do nordeste do Brasil (Ifal). Foram realizados vários encontros denominados Laboratórios de redação em que ocorriam análises de textos dos mais diversos gêneros, discussão de temas de conhecimento geral e a construção e correção de textos dissertativos. Elaboramos e aplicamos atividades de leitura e escrita com os participantes e verificamos os resultados. Após a intervenção, constatou-se que houve um melhor desempenho escolar e que os problemas diagnosticados inicialmente tiveram um decréscimo, tanto na leitura quanto na produção textual.
Palavra-chaves: Ensino Médio Integrado. Leitura. Processo de aprendizagem.
Mediador(a)
Isabel Cristina Michelan de Azevedo
UFS
Isabel Cristina Michelan de Azevedo graduou-se em Pedagogia e Letras, fez mestrado em Comunicação e Letras pela Universidade Presbiteriana Mackenzie e completou seu doutorado na Universidade de São Paulo (USP), Brasil. Desde 2013, atua como Professor Doutor Adjunto, em regime de dedicação exclusiva, no Departamento de Letras Vernáculas da Universidade Federal de Sergipe (USP). O trabalho realizado na graduação e na pós-graduação da UFS (acadêmica e profissional) tem possibilitado orientar pesquisas de iniciação científica, de mestrado e de doutorado voltadas aos estudos da argumentação em diferentes perspectivas, em associação com a formação de professores e a descrição linguística e multimodal. Nos Programas de Pós-Graduação da Universidade Estadual de Santa Cruz, Ilhéus, e da Universidade Estadual de Feira de Santana, orienta investigações situadas no campo da Linguística Aplicada, com particular interesse pela Pedagogia dos Multiletramentos. Lidera o Grupo de Pesquisas em Argumentação e Retórica Aplicadas (GPARA) e é colider do grupo de Estudos de Linguagem, Argumentação e Discurso (ELAD).