Livro didático
Participantes
Sônia Maria Nogueira
UEMASUL
Sônia Maria Nogueira
UEMASUL
Mestrado e Doutorado em Língua Portuguesa pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, com estágio de doutorado nas Universidades de Letras e de Educação do Porto em Portugal. Atualmente, é professora Adjunta IV da Universidade Estadual da Região Tocantina do Maranhão (UEMASUL), onde atua como docente e pesquisadora da Graduação e docente e pesquisadora do quadro permanente do Programa de Pós-Graduação em Letras (PPGLe), Vice-Coordenadora do Mestrado em Letras da UEMASUL. Sócia-pesquisadora da Associação Brasileira de Linguística (Abralin) e Integrante da comissão editorial do periódico científico Cadernos de Linguística da Abralin (CadLin). Sócia-Pesquisadora do Grupo de Pesquisa em Historiografia da Língua Portuguesa (GPeHLP) do IP-PUC/SP. Pesquisadora Vice-líder do Grupo de Estudos Linguísticos do Maranhão (GELMA) da UEMASUL, atuando como Coordenadora da Linha de Pesquisa Historiografia Linguística e Ensino; e da Linha de Pesquisa Linguagem, Memória e Ensino. Sócia-pesquisadora da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Letras e Linguística (ANPOLL). Autora de artigos em anais nacionais e internacionais, revistas especializadas, capítulos de livros e livros. Consultora ad hoc da FAPEMA. Parecerista de revistas científicas especializadas. Coordenadora de dois projetos de pesquisa estaduais com fomento em andamento: Universal/FAPEMA e Cidades/FAPEMA. Coordenadora de projeto de Extensão – PIBEXT/UEMASUL, em escolas públicas de Ensino Fundamental, em Imperatriz. Orienta bolsistas de Iniciação Científica (IC), de Extensão, e do Mestrado em Letras da UEMASUL. Tem experiência na área de Letras e Linguística, com ênfase em Língua Portuguesa, atuando principalmente nos seguintes temas: Língua Portuguesa, Historiografia linguística, Linguagem, Memória, Gramaticografia maranhense, Semântica e Ensino. Membro efetivo da Academia João-Lisboense de Letras – AJL no Maranhão.
Comunicação oralLivro didático
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A SINONÍMIA NA SALA DE AULA: LIVRO DIDÁTICO DE LÍNGUA PORTUGUESADO BRASIL E DE ANGOLA EM UMA ABORDAGEM HISTORIOGRÁFICA
Neste texto, pretende-se analisar o fenômeno da sinonímia no livro didático de língua portuguesa do ensino fundamental do Brasil em contraposição ao do ensino primário de Angola. Para isso, toma-se como corpus as obras “Singular & plural: leitura, produção e estudos de linguagem, 6º ano, de Balthasar e Goulart (2018) e “Língua Portuguesa”. 6ª classe, de Mesquita e Gama (2018), do Brasil e Angola, respectivamente. Trata-se de pesquisa documental com análise qualitativa. O trabalho ancora-se nas proposições da Historiografia Linguística, representada por Konrad Köerner (1996), observando-se os princípios de contextualização e imanência, assim como na organização proposta por Swiggers (2013). Os resultados apontam que o estudo da sinonímia foi privilegiado nos livros didáticos, em atividades que instigam o uso do dicionário, instrumento fundamental na expansão vocabular. Além de propostas de discussão e reflexão quanto às escolhas das palavras, levando em consideração não apenas palavras soltas, mas também o contexto em que estão inseridas.
Palavra-chaves: Sinonímia. Livro didático. Historiografia Linguística. Língua Portuguesa
Tâmara Kovacs Rocha
USP
Mestranda em Linguística pela Universidade de São Paulo, sob orientação do Prof. Dr. Alexander Yao Cobbinah. Sua pesquisa investiga como os materiais didáticos oficiais do ensino brasileiro, distribuídos pelo Programa Nacional do Livro Didático, abordam a influência na gramática do português brasileiro decorrente do contato linguístico com línguas africanas trazidas para o Brasil e com línguas autóctones, sob viés decolonial. Graduada em Letras na Universidade de São Paulo, com habilitação Português-Grego. Autora de iniciação científica orientada pelo prof. Dr. João Angelo Oliva Neto, na qual pesquisou, no Brasil e em Portugal, todas as primeiras traduções da Ilíada em Portugal, no decorrer dos séculos XVIII e XIX, e como a formação de neologismos criou termos posteriormente incorporados à língua e mecanismos que se tornaram tradições poéticas. Participou do grupo VerVe – Verbum Vertere, da Universidade de São Paulo e formou-se na Licenciatura em Português com enfoque filosófico em diversidade cultural.
Comunicação oralLivro didático
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O ENSINO SOBRE O PAPEL DE LÍNGUAS AFRICANAS NO PORTUGUÊS EM MATERIAIS DIDÁTICOS DO PNLD 2020
No Brasil, a Lei nº 11.645/2008 e a “Base Nacional Comum Curricular” regulamentam o ensino da variação linguística e da diversidade cultural nas escolas. Ao mesmo tempo, vários usos sintáticos e fonológicos das variantes da língua portuguesa falada e escrita no Brasil são associados pela Linguística de Contato (LC) ao resultado do contato linguístico entre o português e línguas africanas. Portanto, esse conteúdo atende a ambos os textos regulatórios e deve ser abordado. A proposta desta pesquisa é investigar coleções de materiais didáticos de Língua Portuguesa do Plano Nacional do Livro Didático para os Anos Finais do Ensino Fundamental, para estabelecer se e como tais usos têm sido abordados. A pesquisa tem duas frentes: a primeira, descritiva, analisa o material didático segundo três linhas da LC (crioulização (GUY, 1981)(HOLM, 1992), derivação imprópria (LUCCHESI, 2012) e ecologia linguística (MUFWENE, 2008)) e por um contraponto, que nega o papel do contato (NARO e SCHER-RE, 2007), para verificar se conteúdos produzidos por eles estão aparecendo por uma via explícita ou por uma via implícita nos materiais. A segunda frente, analítica, vê a forma como esses conteúdos são tratados, baseando-se em três conceitos: o livro como representação (CHARTIER, 2010), dispositivo de racialidade (de Sueli Carneiro (2005)) e epistemicídio (de Boaventura de Souza Santos (1995).
Palavra-chaves: Ensino de português. Contato linguístico. Decolonialidade. Materiais didáticos. Línguas africanas
Thaís Fernanda Carvalho Bechir
UFMG
Thaís Bechir é mestre e doutoranda em Estudos Linguísticos pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Seus principais interesses de pesquisa são Semântica Lexical, Construções de Estrutura Argumental e verbos. Ela faz parte do projeto VerboWeb (www.letras.ufmg.br/verboweb) do Núcleo de pesquisa em Semântica Lexical (NuPeS) da UFMG.
Comunicação oralLivro didático
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A ABORDAGEM DA VOZ PASSIVA EM LIVROS DIDÁTICOS BRASILEIROS
Nesse trabalho, com o objetivo de verificar como se dá a definição e aplicação da matéria da voz passiva nos livros didáticos brasileiros, analisamos, qualitativamente, 5 livros do Ensino Fundamental II e 5 livros do Ensino Médio, aprovados, respectivamente, pelo PNLD de 2018 e pelo PNLD de 2020. Nesses livros, percebemos uma tendência de limitar a passiva (a) em relação a transitividade verbal, restringindo que ela só ocorre com VTD; (a) em relação a sua semântica, restringindo que ela só ocorre com verbos de ação agentivos. Além disso, notamos que, nesses materiais, a passiva é tratada com ênfase em seus aspectos gramaticais. Mostramos, seguindo a linha de pesquisa da semântica lexical, que a passiva não apresenta restrições normativas rigorosas, sejam elas sintáticas ou semânticas. Isso porque ela se confi-gura como um vasto e poderoso recurso semântico-discursivo da língua. Assim, propusemos que a passiva seja tratada de maneira mais ampla nos materiais didáticos, com foco, não em regras prontas, mas nas motivações para seu uso e em seus efeitos de sentido.
Palavra-chaves: Voz passiva. Transitividade. Livro didático
Vítor de Moura Vivas
IFRJ
Comunicação oralLivro didático
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GRAMÁTICA E TEXTO: A FLEXÃO VERBAL NO ENSINO SOB A ÓTICA DISCURSIVA
Coautora: Margareth Andrade Morais
A descrição da flexão, em compêndios gramaticais e livros didáticos, não é relacionada, muitas vezes, à realidade do aluno e ao texto. Em geral, abordam-se tempos que caíram em desuso e são desconhecidos do aluno como se tais dados fossem do cotidiano do estudante (BASSO; PIRES DE OLIVEIRA, 2012; FRANCHI, 2006). Além do enfoque exagerado na análise de marcas de modo-tempo (MT) e número-pessoa (NP) desconhecidas, não há ênfase no significado, não se utilizam critérios científicos para definir esse processo morfológico e não se estabelece a relação entre estratégias flexionais e produção/leitura de texto (VIVAS et al., 2019; VIVAS; GONÇALVES, 2020). Desta forma, o presente artigo visa a colaborar para reflexões acerca do ensino da flexão, tendo em vista não só o status morfológico desse expediente, mas também seu papel textual/discursivo, à luz de pressupostos da Linguística Textual (KOCH; ELIAS, 2016). Analisamos um editorial do jornal e memes extraídos da internet, relacionando as estratégias flexionais utilizadas ao efeito de sentido gerado por tais formas nesses textos. Assim, além de abordar novos usos da flexão, propomos estratégias de ensino com o objetivo de promover uma análise linguística atrelada à leitura e à produção de sentidos, conforme apregoam os documentos oficiais sobre ensino de língua portuguesa.
Palavra-chaves: Morfologia. Texto. Ensino. Flexão. Verbo.
Cristian Henrique Imbruniz
USP
Cristian Imbruniz é bacharel em Letras, com habilitação em Português e Linguística, pela Universidade de São Paulo. É mestre em Filologia e Língua Portuguesa pela Universidade de São Paulo, com período de estudos na École des Hautes Études en Sciences Sociales, em Paris (França). Atualmente, é doutorando no Programa de Pós-Graduação em Filologia e Língua Portuguesa, da Universidade de São Paulo. Desde 2013, é membro do grupo CNPq Práticas de leitura e escrita em português língua materna, coordenado pelo Prof. Dr. Manoel Luiz Gonçalves Corrêa. Interessa-se pelos seguintes temas: ensino de escrita, livros didáticos de português, história do ensino de português e teoria do discurso. Sua produção bibliográfica está disponível na plataforma Academia.edu.
Comunicação oralLivro didático
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CONCEPÇÕES DE LÍNGUA NO MANUAL DE LÍNGUA PORTUGUESA (1945-1951): POLÍTICAS EDUCACIONAIS E LINGUÍSTICAS
Meu objetivo é verificar as relações entre políticas educacionais e linguísticas e livros didáticos de português. Em especial, como concepções de língua podem dar pistas de políticas linguísticas implícitas. Concentro-me, especificamente, nas políticas do Estado novo para o ensino de português como língua materna. Para tanto, analiso o “Manual de língua portuguesa”, publicado entre 1944 e 1945, pela Companhia Editora Nacional. Como arcabouço teórico, assumo uma abordagem discursiva, recorrendo, sempre que necessário, às contribuições da sociolinguística e da história da educação. Do ponto de vista metodológico, analiso o “Manual” quanto à legislação educacional do Estado novo, especialmente, a lei do livro didático, de 1938, em busca de políticas linguísticas explícitas. Em seguida, faço uma análise linguístico-discursiva de suas concepções de língua, buscando políticas linguísticas implícitas. Quanto às políticas explícitas, constatei que, submetido ao controle estatal, o “Manual” cumpria exigências legais não somente nos conteúdos e métodos de ensino, mas nos usos da língua, como a interdição de “linguagens” consideradas “defeituosas” e a adoção da ortografia oficial. Em relação às políticas implícitas, constatei que o livro repunha um processo de organização, conservação e unificação nacional. Esse processo se marcava em duas concepções de língua, uma “desejável” e de outra “indesejável”, ambas organizadas pelo mesmo critério de identificação, o purismo linguístico.
Palavra-chaves: Livro didático. Políticas educacionais. Políticas linguísticas. Concepções de língua.
Mediadores
Sandra Carneiro de Oliveira
UFBA
Sandra Carneiro de Oliveira é doutora em Língua e Cultura (Universidade Federal da Bahia, 2014), Mestre em Estudo de Linguagens (Universidade do Estado da Bahia, 2008), Especialista em Língua, linguística e literatura (Faculdade de Ciênciasda Bahia, 2006) e Licenciada em Letras (UNEB, 2005). É Professora adjunta da Faculdade de
Educação da UFBA. Foi Professora do Ensino Básico, Técnico e Tecnológico do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia – Bahia – IFBA (2014 – 2018), Professora Assistente da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (2014), Professora Assistente da Universidade Federal da Bahia/Universidade Federal do Oeste da Bahia (2012 – 2014), Professora Assistente Visitante da Universidade Estadual de Santa Cruz (2008 – 2012) e Professora da Educação Básica (2004 – 2005). Atua nas áreas de Linguística e Língua Portuguesa, nas subáreas Ensino de
língua materna, Sociolinguística e Estágio Supervisionado em Língua Portuguesa. É membro do Grupo de Estudo e Pesquisa em Educação e Linguagem – GELING e do Grupo de Pesquisa Fala e Contexto no português brasileiro – GconPort.Evangelina Maria Brito de Faria
UFPB
Possui graduação em Letras pela UFPB (1982), mestrado em Língua Portuguesa pela UFPB (1993) e doutorado em Linguística pela UFPE (2002). É professora Titular da UFPB, membro da Pós-Graduação de Linguística (PROLING) da UFPB, atuando na área de Aquisição da Linguagem. Interessa-se pelos processos de aquisição e desenvolvimento da fala e da escrita.É líder do Núcleo de Estudos em Alfabetização em Linguagem e em Matemática, cadastrado no Diretório dos Grupos de Pesquisa no Brasil do CNPq.