Prosódia
Participantes
Pablo Arantes
UFSCar
Pablo Arantes
UFSCar
Doutor (2010) e Bacharel (2003) em Lingüística pela Universidade Estadual de Campinas. Interesses de pesquisa principais: (1) descrição fonético-acústica detalhada de fenômenos linguísticos, especialmente os prosódicos, (2) desenvolvimento de ferramentas computacionais e estatísticas necessárias para a atividade descritiva e (3) aplicações de conhecimento linguístico para a fonética forense. Coordena o Laboratório de Fonética da UFSCar e lidera o grupo de pesquisa “FALA: a fonética dos gestos à prosódia”, cadastrado no DGP do CNPq.
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MEASURING SPEECH RHYTHM VARIABILITY IN TWO BRAZILIAN PORTUGUESE VARIETIES (CE AND SP)
Coautor: Ronaldo Mangueira Lima Júnior
This paper presents preliminary results of a semi-automatic methodology to extract three parameters of a dynamic model of speech rhythm. The model attempts to analyze the production of rhythm as a system of coupled oscillators which represent syllabicity and stress as levels of temporal organization. The estimated parameters are the syllabic oscillator entrainment rate (alpha), the syllabic oscillator decay rate (beta), and the coupling strength between the oscillators (w0). The methodology involves finding the combination that minimizes the difference between natural speech durational contours and simulated contours generated using several combinations of the parameters. We applied this methodology to read speech produced by five speakers of the state of Ceará and eight speakers of the state of São Paulo. Mean w0 values (approximately 0.6) are compatible with the view that Brazilian Portuguese is a mixed-rhythm language. Results suggest that the São Paulo variety has higher alpha values and that the Ceará variety has higher w0 values, but only when silent pauses are excluded from the analysis. The analysis from two mixed-effects regression models shows variation among speakers. We also discuss the effect that the estimation of alpha and w0 values have from variations in the way the comparison between natural and simulated contours is done and from the way silent pauses are treated.
Keywords: Prosody. Speech rhythm. Brazilian Portuguese.
Arthur Ronald Brasil Terto
UFAL
Graduando em Letras (Inglês) pela Universidade Federal de Alagoas (UFAL). No período 2018/2019, trabalhei como bolsista de Iniciação Tecnológica e Inovação (PIBITI) no Projeto NURC Digital. Já no período 2019/2020, fui bolsista CNPq de Iniciação Científica (PIBIC), período em que pesquisei as características prosódicas da metadiscursividade no discurso falado. Atualmente sou bolsista CNPq de Iniciação Científica e pesquiso o papel da prosódia no processamento da estrutura do discurso em língua portuguesa com técnicas experimentais on-line.
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A PROSÓDIA DO METADISCURSO: UMA ANÁLISE A PARTIR DOS DADOS DO NURC DIGITAL
Coautor: José Miguel Alves de Oliveira Júnior
Neste trabalho investigamos as características prosódicas dos enunciados metadiscursivos inseridos no discurso falado. Hipotetizando que existiriam padrões de f0 e de duração para esses enunciados, analisamos pitch range, pitch reset, distribuição entonacional, tons de fronteira, taxa de elocução e ocorrência e duração de pausas silenciosas. Para tanto, nos baseamos em Hylland (2005a), Bisol (2001[1996]), Nespor & Vogel (2007[1986]), Botinis, Granström & MÖBIUS (2001), Pierrehumbert (1980), entre outros. Selecionamos sete inquéritos do portal do NURC Digital, dos quais retiramos trechos com três enunciados (o pré-metadiscursivo, o metadiscursivo e o pós-metadiscursivo). Utilizamos os testes modelo linear misto e regressão logística binomial nas análises estatísticas. Constatamos que os enunciados metadiscursivos são realizados, prosodicamente, como estruturas independentes das demais que o ladeiam. Tal independência se dá por uma taxa de elocução maior e por tons de fronteira não-baixos em suas delimitações. Observamos ainda, em cerca da metade dos trechos analisados, uma simultaneidade entre pausas silenciosas e tons de fronteira não-baixos nos limites do enunciado metadiscursivo. Não observamos, no entanto, quaisquer padrões de pitch range e distribuição entonacional associados a esse enunciado. A atuação do elemento de pitch reset também não foi significativa.
Palavra-chaves: Prosódia. Discurso. Oralidade.
Juliana da Silva de Melo
UFRGS
Juliana da Silva de Melo
UFRGS
Juliana da Silva de Melo é bacharel em Letras – Tradutor português e inglês pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Sua pesquisa está voltada para a Psicolinguística, mais especificamente para a relação entre o bilinguismo e a expressão de emoções.
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AS DIFERENTES PERCEPÇÕES DE BILÍNGUES NA EXPRESSÃO DE EMOÇÕES
Coautora: Ana Beatriz Arêas da Luz Fontes
Sugere-se que bilíngues geralmente se sentem mais emocionais quando expressam suas emoções na sua primeira língua em comparação com a sua segunda (PAVLENKO, 2007, 2012; DEWAELE; NAKANO, 2012; COSTA et al., 2014). Dessa forma, o objetivo deste estudo foi investigar se bilíngues que têm o português como primeira língua (L1) e inglês como segunda língua (L2) sentem e expressam suas emoções de forma diferente na sua língua estrangeira em comparação com sua língua nativa. Para fazer isso, foi aplicado um questionário que contou com 114 participantes bilíngues que possuem português como L1 e inglês como L2. Os participantes responderam a perguntas referentes ao histórico de linguagem e também à frequência e à probabilidade de expressão de suas emoções. Investigamos a ansiedade, a expressão de raiva e de sentimentos profundos, o uso de xingamentos e o sentimento de ser eloquente, sério, emocional e falso nas diferentes línguas. Foi explorado também a preferência pela L1 ou L2 na expressão da frase “eu te amo”, no uso de termos carinhosos e na expressão de memórias difíceis. Os resultados demonstraram que os participantes preferiram o português ao expressar emoções, apresentando uma relação emocional mais forte com a L1, demonstrando que bilíngues sentem e expressam emoções de forma diferente na L1 e na L2. O contexto de aquisição, a frequência de uso e a autoavaliação de proficiência foram fatores que exerceram grande influência na percepção e na expressão de emoções na L1 e na L2.
Palavra-chave: Bilinguismo. Bilíngues. Emoções.
Julio Cesar Galdino
UFAL
Julio Cesar Galdino
UFAL
Mestrando em Teoria e Análise Linguística pelo Programa de Pós-Graduação em Linguística e Literatura (PPGLL) da Faculdade de Letras da Universidade Federal de Alagoas. É graduado em Letras (Português) pela Universidade Federal de Alagoas (UFAL), Campus Arapiraca. É membro do Grupo de Estudos em Fonética e Fonologia – FonUFAL.
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CARACTERÍSTICAS PROSÓDICAS ASSOCIADAS AOS SINAIS DE PONTUAÇÃO: UMA REVISÃO DE ESCOPO
Coautores: Kyvia Fernanda Tenório da Silva, Miguel Oliveira Jr.
O objetivo deste trabalho é apresentar uma revisão de escopo sobre as características prosódicas associadas aos sinais de pontuação. Foi realizado um levantamento bibliográfico a partir da pesquisa de descritores em inglês e português, organizados de acordo com a seguinte sintaxe: prosódia AND acústica AND discurso AND estrutura AND (“sinais de pontuação” OR “pontuação gráfica” OR “sinal de pontuação”), sem incluir citações e patentes nas bases de dados: OvidMedlin, Public Medicine Library (PubMed), Scopus (Elsevier), Ebscohost (Academic Search Premier), Gale Academic Online e Google Scholar. Observamos que existe uma diversidade de métodos empregados para analisar a correlação entre os sinais de pontuação e as características prosódicas. Os estudos desta revisão confirmaram nossa pergunta de pesquisa, evidenciando a relação entre os sinais de pontuação e os aspectos prosódicos. A maioria dos trabalhos relacionados à tecnologia desenvolveu diferentes redes neurais para transformar texto em fala e/ou para converter fala em texto e mostrou que as pausas são apontadas como indicadores mais fortes dos sinais de pontuação.
Palavra-chaves: Prosódia. Acústica. Sinal de pontuação. Discurso.
Lou-Ann Kleppa
EDUFRO
Lou-Ann Kleppa
EDUFRO
Possui graduação em Letras pela Universidade de São Paulo (2001), mestrado em Lingüística pela Universidade Estadual de Campinas (2005), doutorado sanduíche em Neurolingüística pela Radboud University Nijmegen (2007) e doutorado em Lingüística pela Universidade Estadual de Campinas (2008). Lecionou por 3 anos como professora adjunta da Universidade Federal de Rondônia, passou um ano trabalhando na Universidade Federal de Santa Maria e regressou para a UNIR, assumindo a coordenação institucional do Programa Institucional de Bolsa de Incentivo à Docência – PIBID. Um ano depois, passou a orientar alunos PIBIC. Atualmente é editora da EDUFRO, a editora da Universidade Federal de Rondônia. Tem experiência na área de Lingüística, com ênfase em Neurolingüística, atuando principalmente nos seguintes temas: gramaticalização, preposição relacionada a verbos, fala reduzida, agramatismo, construções de tópico-comentário, sinais de pontuação e Linguística Textual. Atua como membro de Conselho Editorial das revistas RE-UNIR e Estudos Linguísticos (GEL) e coordena a Comissão de Popularização de Linguística da ABRALIN.
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ENTRE RETICÊNCIAS E EXCLAMAÇÕES: USOS DE SINAIS DE PONTUAÇÃO EM PEÇAS PUBLICITÁRIAS DE 1952
Este estudo examina o uso dos sinais de pontuação em peças publicitárias publicadas na Revista Manchete no ano de 1952. Consideramos como sinais de pontuação apenas estes onze: alínea, ponto, vírgula, ponto e vírgula, dois pontos, travessão, parênteses, aspas, exclamação, interrogação e reticências – por serem graficamente autônomos. O acervo de periódicos da Fundação Biblioteca Nacional (online e gratuito) foi a empiria escolhida para examinar 30 peças publicitárias diferentes entre si publicadas ao longo das 36 edições do ano de 1952. Nosso objetivo é descrever os usos dos sinais de pontuação identificados nessas 30 propagandas publicadas 70 anos atrás, aplicando o ferramental teórico (não normativo) disponível sobre sinais de pontuação e refletir sobre as práticas linguísticas de escrita e de fala, orais e letradas que influenciam esses usos – diferentes dos usos atuais. Percebemos estreita relação entre a indústria cultural do rádio, predominante na época, e a representação da oralidade na escrita através de sinais de pontuação que marcam a modalidade enunciativa (principalmente reticências e exclamação).
Palavras-chave: Sinais de pontuação. Peças publicitárias. Escrita. Mudança.
Mediador(a)
René Alain Santana de Almeida
UFS
Doutor em Letras e Linguística pela Universidade Federal de Alagoas, com estágio no Grupo de Pesquisa em Linguagem, Comunicação e Cognição, do Departamento de Comunicação e Ciências da Informação da Escola de Humanas na Universidade de Tilburg (Holanda) com bolsa CAPES – PDSE – Doutorado Sanduíche. Atua nas áreas de Língua Portuguesa, Prosódia, Fonética experimental e Psicolinguística. Atualmente, é Professor do Departamento de Letras Vernáculas da Universidade Federal de Sergipe. Também compõe o grupo de estudos em Fonética e Fonologia da UFAL e o grupo de estudos em linguagem, interação e sociedade da UFS.