Constituição de repositórios linguísticos
Participantes
Monique Débora Alves de Oliveira Lima
UFRJ
Monique Débora Alves de Oliveira Lima é Doutoranda em Língua Portuguesa pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Mestre em Língua Portuguesa pela mesma instituição, Graduada e Licenciada em Letras Português-Literaturas pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). Atua, como professora efetiva, em turmas do ensino fundamental, no Colégio Pedro II (Campus Realengo II). Na UFRJ, integra, ainda, como participante, o Projeto Contínuos de/em variedades do Português: análises contrastivas (UFRJ), coordenado pela Profª. Drª. Silvia Rodrigues Vieira e, mais recentemente, o projeto “Do continuum fala-escrita para a norma-padrão: limites e possibilidades”, sob mesma orientação. Tem interesse, principalmente, nas áreas de Sociolinguística e Ensino de Língua Portuguesa.
Comunicação oralConstituição de repositórios linguísticos
Resumo » Monique Débora Alves de Oliveira Lima
CONSTITUIÇÃO DE CORPUS DE GÊNEROS TEXTUAIS JORNALÍSTICOS PA-RA INVESTIGAÇÃO DE VARIEDADE(S) CULTA(S)
Neste relato de experiência – parte de uma pesquisa de Doutorado em andamento –, descreve-se a etapa referente à composição de uma amostra de escrita culta, formada por gêneros textuais publicados no jornal O Globo (Rio de Janeiro), cuja constituição atende a um dos objetivos da investigação. O estudo toma como base os pressupostos da Teoria da Variação e Mudança (WEINREICH; LABOV; HERZOG, 1968; LABOV, 1972) para composição de amostras que possibilitem investigar o comportamento das regras variáveis e seus condicionamentos. Consoante Vieira (2019), cuja proposta assume a conceituação de norma culta e norma-padrão (FA-RACO, 2008), buscou-se compor uma amostra de gêneros jornalísticos para estudo de fenômenos linguísticos na perspectiva do continuum fala-escrita (BORTONI-RICARDO, 2004; 2005; MARCUSCHI, 2001; 2010). O corpus organizado foi composto por sete gêneros textuais (artigo de opinião, carta de leitor, crônica, editorial, entrevista, notícia e tirinha) – cada um com cerca de 20.000 palavras – e editado de modo que fosse manipulável por computador, conforme preconizado pela Linguística de Corpus (SANCHES, 1995).
Palavra-chaves: Corpus de gêneros textuais jornalísticos. Continuum fala-escrita. Sociolinguística.
- Comunicação oral
Constituição de repositórios linguísticos
Resumo » Silvia Figueiredo Brandão
PARA A DESCRIÇÃO E ANÁLISE DE VARIEDADES DO PORTUGUÊS: O DESAFIO DA CONSTITUIÇÃO DE BANCO DE DADOS
Coautora: Silvia Rodrigues Vieira
Neste texto, apresentam-se experiências concernentes à organização de corpora no âmbito de alguns projetos desenvolvidos na UFRJ nas linhas geo-sociolinguística. Além de indicar suas características bem como as motivações e os critérios que presidiram à formação dos bancos de dados, focalizam-se suas contribuições científicas, no sentido de dar conta: (i) da caracterização de variedades do Português do Brasil, não somente urbanas, mas também rurais; (ii) da constituição e comparação de variedades continentais do Português; e (iii) das feições contemporâneas do Português, não só no continuum rural-urbano, mas também no que se refere à variação estilística e à modalidade falada/escrita. Sintetizam-se, assim, algumas das contribuições desses projetos para o conhecimento de diferentes variedades do Português e, por fim, discutem-se algumas dificuldades inerentes à constituição de corpora linguísticos, em especial no que se refere à sua necessária disponibilização para a comunidade em geral em virtude de sua importância sociolinguística e histórica.
Palavra-chaves: Corpus linguístico. Metodologia. Geolinguística. Sociolinguística. Variedades do Português
Julia Bahia Adams
IEL/Unicamp
Julia Bahia Adams
IEL/Unicamp
Possui graduação em Linguística pelo Instituto de Estudos da Linguagem da Universidade Estadual de Campinas – IEL/Unicamp (2019). Foi bolsista de Iniciação Científica FAEPEX/PRG (2018) e de Iniciação Científica FAPESP (Processo número 2018/24511-8), desenvolvendo pesquisas nas áreas de Linguística de Corpus e Sociolinguística Variacionista, respectivamente.Possui graduação em Linguística pelo Instituto de Estudos da Linguagem da Universidade Estadual de Campinas – IEL/Unicamp (2019). Foi bolsista de Iniciação Científica FAEPEX/PRG (2018) e de Iniciação Científica FAPESP (Processo número 2018/24511-8), desenvolvendo pesquisas nas áreas de Linguística de Corpus e Sociolinguística Variacionista, respectivamente. Atualmente é mestranda no programa de pós-graduação em Linguística da mesma universidade, na área de Sociolinguística, sob orientação da Profa. Dra. Livia Oushiro e com bolsa de pesquisa da CAPES (Processo 88887.479810/2020-00). Integra o Laboratório Variação, Identidade, Estilo e Mudança – VARIEM.
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Um Guia para Extração e Manipulação de Tweets com R
Coautora: Carlos Augusto Jardim Chiarelli
As plataformas de redes sociais representam uma profunda fonte de dados para pesquisas acadêmicas e um amplo leque de possibilidades para linguistas (D’ARCY; YOUNG, 2012). Este campo em rápido desenvolvimento apresenta diversas questões éticas e desafios únicos no que concerne os métodos de coleta e análise de dados. Esse tutorial oferece um guia direto para extração e mineração de dados do Twitter, voltando-se principalmente para o texto dos Tweets, por meio da linguagem de programação R (R CORE TEAM, 2020) via os Twitter APIs. O código em R foi desenvolvido em Adams (2020), com base no pacote rtweet (KEARNEY, 2018), e resultou com sucesso em um script para compilação de corpora. Nesse guia, são discutidas limitações, problemas e soluções na nossa abordagem para a condução ética de pesquisa nessa rede social. Nossas preocupações éticas vão além daquilo com o que “concordamos” nos termos de uso e nas políticas de privacidade, isto é, argumentamos que seu conteúdo não abrange todas as questões a que pesquisadoras(es) devem responder. Ademais, nosso objetivo é demonstrar que utilizar o Twitter como uma fonte de dados não requer habilidades computacionais avançadas.
Palavras-chave: Metodologia de coleta de dados. Rede social. Ética em pesquisa.
Daniervelin Pereira
UFMG
Daniervelin Pereira
UFMG
Professora da Faculdade de Letras da Universidade Federal de Minas Gerais. Tem doutorado em Letras pela Universidade de São Paulo, com período-sanduíche na Université Paris 8, mestrado em Linguística Aplicada pela Universidade Federal de Minas Gerais e graduação em Letras-Licenciatura Português/Francês pela Faculdade de Letras/UFMG. Tem experiência na área de Letras, com ênfase em Linguística Aplicada e Análise do Discurso, atuando principalmente no campo de Linguagem e Tecnologias.
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PRODUÇÃO DE RECURSOS EDUCACIONAIS ABERTOS PARA O DESENVOLVIMENTO DE MULTILETRAMENTOS
Coautor: Danilo Rodrigues César
Propõe-se, a partir de uma pesquisa acadêmica realizada, abordar, no mesmo movimento da ciência e educação abertas, o histórico e conceitos de Recursos Educacionais Abertos (REA) e de multiletramentos e multimodalidade. Os REA nascem da necessidade de acesso a uma educação inclusiva, equitativa e de qualidade e os multiletramentos surgem dentro do contexto de crença de que eram necessários novos hábitos e novos valores para acompanhar as rápidas mudanças na era da Sociedade do Conhecimento, as quais demandam leitores que, em contato com textos multimodais, consigam considerar como as linguagens e culturas são mobilizadas na construção dos sentidos. A partir dessa apresentação e discussão, identifica-se uma relação produtiva entre REA e multiletramentos para estimular a produção de REA que tratem da diversidade linguística e cultural e que, licenciados abertamente, possam ser facilmente acessados, modificados e compartilhados. Com base nessa discussão conceitual, apresenta-se uma proposta de design de REA para multiletramentos, que pretende contribuir, a partir de perguntas, no percurso da construção de REA.
Palavra-chaves: Recursos Educacionais Abertos. Multiletramentos. Ensino-aprendizagem.
Tony Berber Sardinha
PUC-SP
Tony Berber Sardinha
PUC-SP
Doutor em Língua Inglesa pela Universidade de Liverpool (Reino Unido) com estágio pós-doutoral em Linguística de Corpus na Northern Arizona University (EUA), professor da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, editor da revista DELTA, pesquisador 1B do CNPq, coordenador do projeto institucional Portal multimodal/multilíngue para o avanço da ciência aberta nas Humanidades (CNPq 25/2020).
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PORTAL MULTIMODAL/MULTILÍNGUE PARA O AVANÇO DA CIÊNCIA ABERTA NAS HUMANIDADES
Coautoras: Sandra Madureira , Beth Brait , Maria Cecília Perez de Souza-e-Silva , Zuleica Camargo , Renata Lamberti Spagnuolo , Arianne Alfonso Brogini Braz
Embora práticas de ciência aberta tenham sido adotadas em diversos campos do conhecimento ao longo dos anos, em larga medida estão concentradas nem campos como as ciências naturais, exatas e computação. Nas Ciências Humanas a migração para a ciência aberta ainda é incipiente. Neste trabalho, apresentamos Portal multimodal/multilíngue para o Avanço da Ciência Aberta nas Humanidades, apoiado pelo CNPq por meio do Edital 25/2020, destinado a ajudar a preencher essa lacuna. O Portal prevê fornecer uma série de conteúdos relacionados à ciência aberta nas Humanidades, incluindo dados verbais, visuais, verbo-visuais e verbo-gestuais, por meio dos quais possam ser desenvolvidas pesquisas, nacionais e internacionais. O Portal foi concebido em torno de quatro vetores, a saber: acesso aberto, dados abertos, fonte aberta e ciência cidadã / humanidades cidadãs. O trabalho apresenta, em relação a cada um dos vetores, a problemática envolvida bem como as ações pretendidas. Além disso, são apresentados os princípios de design do Portal, visando à sua usabilidade e acesso. O movimento de abertura da ciência exige novas posturas e novas práticas, que o Portal pretende estimular, pois entende que esse movimento é em última análise responsável pela democratização da ciência.
Palavra-chaves: Portal de ciência aberta. Acesso aberto. Dados abertos. Fonte aberta. Humanidades cidadãs.
Mediador(a)
Carla Regina Martins Valle
UFSC
Sou licenciada em Letras com habilitação em Português e Italiano (1999) pela Universidade Federal de Santa Catarina. Conclui mestrado (2001), doutorado (2014) e pós-doutorado (2018) em Linguística pelo Programa de Pós-graduação em Linguística da UFSC, tendo realizado pesquisas nas áreas de Sociolinguística/Teoria da Variação e Mudança e de Funcionalismo/Gramaticalização. Sou professora da Universidade Federal de Santa Catarina, atuando na área de Sociolinguística e Dialetologia. Meus interesses estão voltados a pesquisas sobre marcadores discursivos, variação estilística, identidade linguística, gramaticalização e ensino de língua portuguesa.