Léxico e terminologia
Participantes
Jorge Domingues Lopes
UFPA
Doutor em Linguística pelo Programa de Pós-Graduação em Linguística da Universidade de Brasília (UnB). Estágio Pós-Doutoral em Linguística (UnB). Mestre em Letras pela Universidade Federal do Pará (UFPA) e graduado em Licenciatura Plenas em Letras com habilitações em Língua Portuguesa e Língua Francesa (UFPA). Atualmente é professor adjunto (UFPA), lotado no Campus Universitário do Tocantins/Cametá. Professor permanente e coordenador do Programa de Pós-Graduação em Educação e Cultura (PPGEDUC/UFPA), professor colaborador da Pós-Graduação em Educação Escolar Indígena (PPGEEI/UEPA-UFPA-UFOPA-UNIFESSPA). Pesquisador associado do Laboratório de Línguas e Literaturas Indígenas (LALLI) da UnB.
Comunicação oralLéxico e terminologia
Resumo » Jorge Domingues Lopes
A pesquisa de materiais lexicográficos das línguas indígenas brasileiras
A pesquisa lexicográfica no Brasil tem alcançado resultados significativos nos últimos trinta anos, e a lexicografia orientada para as línguas indígenas, apesar de também ter conhecido avanços, ainda carece de estudos e mais investimentos na produção de materiais para as línguas indígenas ainda faladas no país. O objetivo deste trabalho é discutir aspectos da pesquisa relacionada à lexicografia de línguas indígenas, em particular à análise de materiais lexicográficos das línguas indígenas brasileiras. A metodologia consiste na discussão sobre a natureza desses materiais e na tentativa de estabelecimento de uma descrição de suas macroestruturas e microestruturas. O que se espera é ter uma base segura e aberta para a construção de um catálogo de obras lexicográficas dessas línguas, que possa auxiliar trabalhos de pesquisa e o próprio ensino de língua no contexto das comunidades indígenas brasileiras.
Palavra-chaves: Lexicografia. Línguas indígenas brasileiras. Descrição linguística
Luís Henrique Serra
UFMA
Luís Henrique Serra
UFMA
Doutor em Letras pela Universidade de São Paulo. É professor adjunto da Universidade Federal do Maranhão, onde atua na graduação e na Pós-graduação em Letras. Professor permanente do Programa de Pós-graduação em Letras da UFMA/campus III, Bacabal. luis.henrique@ufma.br
Comunicação oralLéxico e terminologia
Resumo » Luís Henrique Serra
A VARIAÇÃO TERMINOLÓGICA E OS GÊNEROS TEXTUAIS ESPECIALIZADOS: A COMUNIDADE DISCURSIVA DA CANA-DE-AÇÚCAR DO BRASIL
A Terminologia é um campo interdisciplinar que tem como foco diferentes aspectos da comunicação especializada. Desse modo, diferentes campos do saber humano têm se interessado pela comunicação em âmbito acadêmico e científico. A Linguística tem apresentado diferentes contribuições a essa área, apresentando propostas de análise da comunicação científica que têm sido instrumentos para explicar diferentes fenômenos terminológicos. Considerando isso, o presente texto tem como objetivo apresentar uma pesquisa sobre a variação terminológica denominativa no universo da cana-de-açúcar do Brasil e toma como base o conceito de comunidade discursiva de John Swales, apontando sua importância para os estudos terminológicos. Parte-se do pressuposto de que todos os fenômenos linguísticos encontrados nos discursos especializados têm origem nas diferentes relações que existem entre especialistas de uma comunidade de especialistas. A pesquisa apresenta um corpus composto por textos orais e escritos coletados em diferentes plataformas digitais, utilizada pelos especialistas em Agronomia da cana-de-açúcar. Os resultados mostram que a variação terminológica é uma realidade nesse universo e os aspectos comunicativa da comunidade de especialista dão elementos para a análise da variação encontrada.
Palavra-chaves: Discurso Especializado. Comunidade discursiva. Gêneros e textos especializados. Cana-de-açúcar
- Comunicação oral
Léxico e terminologia
Resumo » Romário Duarte Sanches
VARIAÇÃO LINGUÍSTICA NO PORTUGUÊS FALADO NO AMAPÁ
Este artigo apresenta uma amostra dos aspectos da variação linguística no português falado no estado do Amapá. Como discussão teórica, utilizam-se Meyerhoff (2006) e Calvet (2002) para situar os pressupostos da Sociolinguística, além Cardoso (2010) para situar os pressupostos Dialetologia. Em seguida, apresentam-se as pesquisas variacionistas realizadas sobre o português falado no Amapá, buscando contemplar os seguintes níveis de variação linguística: fonético-fonológico, semântico-lexical, morfossintático e prosódico. Deste modo, foram identificados 22 trabalhos que tratam da variação fonético-fonológica, 21 sobre variação semântico-lexical, 5 sobre variação morfossintático e apenas 2 sobre variação prosódico. A partir desses estudos é possível traçar um perfil linguístico preliminar do português falado no Amapá em diferentes pontos da região, como saber as denominações lexicais, por exemplos, para garoa, conjuntivite, nuca, cambalhota etc., usadas no português falado em áreas urbanas do Amapá. É possível também visualizar como se comportam os fonemas /S/ e /R/ em coda silábica, as vogais médias pretônicas posteriores e anteriores e a palatalização dos fonemas /t/ e /d/ diante de /i/ e /e/, além de poder identificar as influências linguísticas e extralinguísticas para concordância nominal de número na fala de oiapoquenses e observar a variação entoacional na fala de macapaenses.
Palavra-chaves: Sociolinguística. Geolinguística. Variação Linguística. Amapá.
Geisa Borges da Costa
UFBA
Doutora em Língua e Cultura e Mestre em Letras e Linguística pela UFBA. Professora Adjunta de Língua Portuguesa da Universidade Federal da Bahia. Pesquisadora do Projeto Atlas Linguístico do Brasil.
Comunicação oralLéxico e terminologia
Resumo » Geisa Borges da Costa
DENOMINAÇÕES PARA “O SER QUE ESTÁ NO INFERNO”: UM ESTUDO GEO-LINGUÍSTICO COM DADOS DO PROJETO ATLAS LINGUÍSTICO DO BRASIL
O trabalho apresenta um estudo sobre o campo léxico-semântico da religião e das crenças. Buscou-se fazer uma análise das denominações utilizadas pelos falantes das capitais do Norte e Nordeste do Brasil para nomear o item lexical diabo. Para isso, utilizaram-se inquéritos do Projeto Atlas Linguístico do Brasil, realizados com 120 informantes, distribuídos equitativamente por ambos os sexos, em duas faixas etárias e dois níveis de escolaridade, selecionados de acordo com os critérios da Dialetologia Contemporânea. Pautando-se nos pressupostos teórico-metodológicos da Geolinguística Pluridimensional, analisou-se a primeira pergunta do Questionário Semântico-Lexical referente à área semântica da religião e das crenças. Os dados foram coletados através da pergunta: “Deus está no céu e no inferno está …?”. Foram registrados 332 itens lexicais, concretizados através de trinta e uma variantes: anjo mau, anticristo, besta, besta-fera, belzebu, bicho feio, bicho ruim, cão, capeta, capiroto, chifrudo, coisa ruim, cramunhão, criatura, cruz-credo, demo, demônio, desgraça, diabo, encardido, enxofre, inimigo, lúcifer, nefisto, príncipe dos céus, sapirico, satã, satanás, sujo, tinhoso, troço. O estudo serviu para demonstrar a diversidade linguística e cultural do léxico religioso do português falado no Norte e Nordeste do Brasil, sendo de extrema importância para o conhecimento da multidimensionalidade que a língua portuguesa assume nos diversos espaços físicos e socioculturais.
Palavra-chaves: Léxico. Religião e Crenças. Atlas Linguístico do Brasil
Rafael Fonseca de Araujo
ETEC/FATEC
Rafael Fonseca de Araujo
ETEC/FATEC
Doutorando (2019-2022) e Mestre (2017) em Linguística Aplicada e Estudos da Linguagem pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). Pós-graduado em Linguística e Língua Portuguesa pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUCSP). Possui licenciatura plena em Letras – Português e Inglês – Faculdade Don Domênico (2000). Atualmente é professor do Ensino Técnico e Superior de Língua Inglesa no Centro Estadual de Educação Tecnológica Paula Souza (ETEC Alberto Santos Dumont e FATEC Baixada Santista – Rubens Lara). Professor mestre de inglês instrumental para Comércio Exterior e Biblioteconomia na Universidade Metropolitana de Santos – UNIMES.Tem experiência na área de Linguística Aplicada, atuando principalmente nos seguintes temas: Linguística de Corpus, Planejamento; Compilação de Organização de Corpora; Análise Multi-dimensional Funcional e Lexical; Tipologia Textual; Representação Social e Reality TV Shows.
Comunicação oralLéxico e terminologia
Resumo » Rafael Fonseca de Araujo
“WHAT THE HELL ARE YOU TALKING ABOUT?”: LEXICAL VARIATION WITHIN AMERICAN REALITY TV SHOWS
Reality TV pode ser descrita como um tipo de programação com nenhum roteiro prévio com a participação e atores não profissionais em um ambiente pré-configurado e controlado. Considerada um divisor de águas na programação televisiva norte-americana (MURRAY & QUELLETTE, 2004), é notoriamente evidente que ao longo das duas últimas décadas o Reality TV obteve enorme sucesso comercial. Apesar do termo Reality TV ser amplamente usado para se referir a um único tipo de programa, é de fato um termo guarda-chuva que esconde uma ampla variedade de tipos de programas sob a mesma rubrica. Na linguística de Corpus, poucos estudos investigando diálogos na televisão foram realizados em uma perspectiva Multidimensional (BERBER SARDINHA e VEIRANO PINTO, 2019; AL-SUMIR, 2012; QUAGLIO, 2009). O objetivo do presente estudo é revelar dimensões de variação lexical dos reality TV shows. Dimensões lexicais são um conjunto de palavras correlacionadas que são interpretadas como campos lexicais e que indicam os tópicos mais latentes de um corpus (BERBER SARDINHA, 2014). Para o presente estudo, um corpus cuidadosamente projetado foi compilado com 780 textos extraídos de 39 programas populares, totalizando mais de 6 milhões de palavras. O corpus foi etiquetado com etiquetado com o Biber Tagger e a análise multidimensional foi empregada, identificando sete dimensões de variação lexicais revelando os principais tópicos dos reality TV shows norte-americanos.
Palavra-chaves: CARTS, Análise Multidimensional, Dimensões lexicais, reality TV
Mediadores
Márcia de Souza Luz Freitas
UNIFEI
Márcia de Souza Luz Freitas
UNIFEI
É doutora em Letras – Programa de Filologia e Língua Portuguesa – pela Universidade de São Paulo (USP). Desde 2009, é professora da Universidade Federal de Itajubá (UNIFEI), instituição na qual faz parte do Núcleo de Humanidades e Linguagens e integra o grupo de pesquisa Núcleo OFF. Também participa do Projeto TermNeo (Observatório de Neologismos do Português Brasileiro Contemporâneo), coordenado pela professora Doutora Ieda Maria Alves (USP), sua orientadora no Doutorado.