Linguagem na mídia
Participantes
Caroline Soares
UFRJ
Caroline Soares
UFRJ
Doutora em Linguística pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (2019). Possui Mestrado em Estudos da Linguagem (2013), Especialização em Leitura e Produção de textos (2005) e em Língua Portuguesa (2007) pela Universidade Federal Fluminense. Graduada em Português / Literaturas pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (2003). Participante do LINC-UFRJ (Laboratório de Pesquisas em Linguística Cognitiva), coordenado pela Professora Doutora Lilian Vieira Ferrari. Atua na área da Linguística Cognitiva, desde 2014, e desenvolve pesquisas que enfocam a relação entre linguagem e cognição no contexto do jornalismo on-line, com ênfase no processo de construção do significado em termos das suas motivações conceptuais e pragmáticas.
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GRAUS DE COMPROMETIMENTO DO JORNALISTA EM MANCHETES DE DISCURSO REPORTADO
Coautora: Lilian Ferrari
A proposta deste trabalho é investigar manchetes on-line de jornais brasileiros, em que se verifica a ocorrência de discurso reportado, com base no aparato teórico-metodológico da Linguística Cognitiva. O objetivo é mapear os atos de fala realizados nessas manchetes e as estratégias de compressão de ponto de vista que se refletem na estrutura linguística, propondo uma abordagem do ato de “noticiar”, a partir da articulação entre a Teoria dos Atos de Fala (Austin, 1962; Searle, 1969) e a Teoria da Mesclagem Conceptual (Fauconnier & Turner, 2002). A contribuição do trabalho contempla novas discussões a respeito do estudo do discurso reportado e dos atos de fala e sua aplicação em contextos reais de uso, argumentando que as manchetes que envolvem discurso reportado podem constituir a âncora material de um processo de mesclagem conceptual, envolvendo o ato de fala assertivo realizado pelo jornalista, de um lado, e o ato de fala realizado pelo falante reportado na notícia, de outro. Os resultados indicam que as diferentes estruturas sintáticas estão, na verdade, a serviço do grau de comprometimento que o jornalista quer manter com a fala reportada.
Palavra-chaves: Manchete jornalística. Ato de fala. Discurso reportado. Mesclagem conceptual.
Maria Joana Chiodelli Chaise
UPF
Maria Joana Chiodelli Chaise
UPF
Doutoranda em Letras pela UPF, na linha de pesquisa Constituição e interpretação do texto e do discurso (ingresso em 2018). Mestre pelo Programa de Pós-Graduação em Ciências da Comunicação da Universidade do Vale do Rio dos Sinos – Unisinos (2010). Possui graduação em Comunicação Social – habilitação Jornalismo pela Universidade de Passo Fundo (2002). Especialista em Gestão Estratégica de Marketing em Serviços e Varejo pela Universidade de Passo Fundo (2005). Atualmente, é membro titular do Conselho Diretor da Fundação Universidade de Passo Fundo e coordenadora do curso de Jornalismo da Universidade de Passo Fundo (UPF). Suas áreas prioritárias de atuação são: discurso midiático, gêneros jornalísticos, teorias do jornalismo, redação e edição jornalística, e reportagem. Tem experiência profissional em jornalismo impresso, radiojornalismo e assessoria de comunicação.
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ENTRE FICÇÃO E REALIDADE: CENOGRAFIA E ETHOS CRÍTICO EM UMA CAPA DO JORNAL EXTRA
Coautores: Ernani Cesar de Freitas, Luis Henrique Boaventura da Silva
O presente trabalho examina a formulação de um ethos crítico à administração da crise sanitária da COVID-19 pelo Governo brasileiro por parte de uma capa do jornal Extra de março de 2021. A capa noticia a primeira posição mundial do Brasil em número de mortes diárias pelo novo coronavírus através de uma das frases mais utilizadas pelo atual presidente durante as eleições de 2018: “Brasil acima de todos”. O objetivo é analisar o ethos elaborado pela capa do jornal e que efeitos de sentido ele produz. O marco teórico se situa nas reflexões sobre destacabilidade, cenografia e ethos de Dominique Maingueneau (2008b, 2018, 2020). Conclui-se que, apesar de utilizar uma frase aparentemente neutra e sem ataques explícitos ao Governo, o jornal Extra consegue transmitir um efeito de sentido crítico à administração federal ao apoiar-se sobre o ethos pré-discursivo do atual presidente para a produção de um ethos efetivo de oposição à política da crise sem fazer uma crítica nominal.
Palavra-chaves: Ethos. Destacabilidade. Jornalismo.
Raquel Duarte Hadler
UNICAMP
Raquel Duarte Hadler
UNICAMP
Doutoranda em Análise do Discurso no Instituto de Estudos da Linguagem na UNICAMP, mestre em Comunicação e Práticas de Consumo pelo PPGCOM ESPM, pós-graduada em Administração de Empresas pela Fundação Getúlio Vargas EAESP e graduada em Comunicação Social com habilitação em Publicidade e Propaganda pela ESAMC/ ESPM. Integrante do Grupo de Pesquisa FEsTA (Fórmulas e Estereótipos: Teoria e Análise, da Universidade Estadual de Campinas, vinculado ao CNPq) e do GPECC (Grupo de Pesquisa em Ética, Comunicação e Consumo, do PPGCOM ESPM, vinculado ao CNPq).
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O EMBATE ENTRE SAÚDE E ECONOMIA NA PANDEMIA: UMA ANÁLISE DO FUNCIONAMENTO DISCURSIVO DA POLÊMICA
Este artigo analisa uma polêmica que acompanha o desenrolar da pandemia do Coronavírus nos diversos meios de comunicação brasileiros: o embate entre salvar vidas e salvar a economia. Para desenvolver essa análise, são apresentados alguns trechos textuais dos discursos que envolvem a polêmica em questão, os quais circularam na mídia digital, mais especificamente em sites de veículos com relevância nacional. A partir da Análise do Discurso de linha francesa, buscou-se apresentar perspectivas que contribuam para a identificação dos mecanismos discursivos que caracterizam a polêmica. No processo de análise de tais discursos foram discutidos aspectos que caracterizam a polêmica a partir de autores que já estudaram esse fenômeno, como também foram mobilizados alguns conceitos que auxiliam na compreensão do seu funcionamento discursivo. Assim, foi possível identificar memórias discursivas, posições em disputa e condições de produção, aspectos entrelaçados com o presente contexto histórico e sociocultural e que ajudam a desconstruir uma suposta transparência da linguagem.
Palavra-chaves: Discursos polêmicos. Saúde. Economia. Pandemia. Mídia.
Leandro Ribeiro
USP
Leandro Ribeiro
USP
Bacharel em Comunicação Social – Jornalismo (UFRN), mestrando em Semiótica e Linguística Geral (USP).
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ASPECTOS SEMIÓTICOS NA COBERTURA DO JORNAL NACIONAL SOBRE O CRIME MARIELLE FRANCO
Nos últimos anos, a sociedade brasileira enfrenta, de forma acentuada, violações de Direitos Humanos, sobretudo com a chegada ao poder de um grupo político com forte discurso autoritário. Diante desse cenário, este estudo visa a examinar, à luz da Semiótica discursiva francesa, a construção do sequenciamento narrativo da cobertura do Crime Marielle Franco pelo Jornal Nacional, da TV Globo. Para tanto, selecionamos um corpus composto por 22 reportagens, veiculadas entre 15 e 22 de março de 2018. No que diz respeito aos resultados, observamos uma organização narrativa em torno de uma sanção embasada por um crer ser uma execução efetuada por agentes policiais que, ao longo do tempo, recrudesce e se confirma com o desenrolar da investigação. Além disso, foi possível constatar que outros desdobramentos discursivos, como as relações dialógicas, somam-se à cobertura e intensificam o querer saber as reais causas. A pauta agencia discussões sociais, como o genocídio da população negra, a atuação arbitrária de forças policias em comunidades, a expansão das milícias no Brasil e as truculência do Estado Penal.
Palavra-chaves: Direitos Humanos. Semiótica. Marielle Franco. Jornal Nacional.
Marcelo Travassos da Silva
Unicap
Marcelo Travassos da Silva
Unicap
Marcelo Travassos da Silva nasceu em Recife, Pernambuco, no dia 1 de novembro de 1983. Em 2002 foi aprovado na graduação de publicidade e propaganda da Universidade Católica de Pernambuco, Unicap, com duração de 4 anos.
Em 2005, ainda estudante de publicidade, concluiu seu primeiro curta metragem, chamado Na rua, fruto de uma oficina cinematográfica oferecida na UFPE. Esse filme participou de seu primeiro festival (Flõ – Festival do Livre Olhar 2005) em Porto Alegre, recebendo o prêmio de Melhor Filme de Oficina.
Em 2007, depois de terminar a graduação, concluiu seu segundo curta metragem, chamado Cordel da Serenata Muda, que também participou de festivais pelo país, abrindo portas profissionais importantes. Uma delas foi na ong Aurora Filmes, na qual foi professor de edição de imagens, em 2008.
Durante 2 anos, entre 2010 e 2012, trabalhou como bolsista da Fundarpe – Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco, em várias diretorias. A primeira delas foi a de Cinema e a última a de Gestão de Equipamentos Culturais. Ainda em 2012, finalizou seu MBA em Marketing na Faculdade de Ciências da Administração de Pernambuco –FCAP/UPE. Seu trabalho de conclusão foi premiado com o 10º PROJETO EMPRESARIAL DE SUCESSO, oferecido pela Universidade. Ainda em 2012, começou a fazer pequenas participações em propagandas e filmes com produção em Pernambuco.
Entre 2013 e 2014 foi professor PRONATEC da Uninassau, no curso técnico de rádio e televisão, ensinando Introdução ao audiovisual e Edição de Imagens. Também em 2014 concluiu a especialização em Estudos Cinematográficos na Universidade Católica de Pernambuco e, no mês de maio de 2019, defendeu sua dissertação de mestrado, na área de análise crítica do discurso, com título de Superman: entre quadrinhos, discurso e ideologia, na mesma instituição.
De 2019 até junho de 2021, esse dissertação rendeu vários artigos e publicações, em livros, anais de congressos nacionais e internacionais. Muitas apresentações de trabalho não apenas na área de linguística, mas comunicação também.
Em Pernambuco esse trabalho foi apresentado formalmente na Unicap, UFPE, Unibra, UPE e UNIFG. Fora de Recife já passou por cidades, com apresentação presencial, como Maceió, Sergipe e São Paulo, inclusive USP. Apresentações virtuais, os estados da Bahia, São Paulo, Rondônia, Minas Gerais, Rio Grande do Sul…
Atualmente Marcelo Travassos é membro da Abralin – Associação Brasileira de Linguítica, ASPAS – Associação dos pesquisadores em Arte Sequencial e Intercom, dos pesquisadores de comunicação.
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ANÁLISE CRÍTICA DO DISCURSO PRESENTE NO GIBI A MORTE E O RETORNO DE SUPERMAN
A primeira revista em quadrinhos com representação ficcional de personagem com superpoderes, Action Comics nº 1, é fruto de um contexto de crise da sociedade norte-americana após a quebra da Bolsa de Valores de Nova Iorque, em 1929. Algumas décadas depois, em 1993, foi lançada no Brasil a narrativa intitulada A morte e o retorno de Superman, dividida em várias revistas. O gênero textual do qual esse personagem faz parte pode ser analisado linguisticamente. Reconhecendo as narrativas com linguagem de quadrinhos como um segmento da cultura pop, este artigo tem como objetivo apresentar e refletir tal narrativa. Através da análise crítica do discurso, tomando como base as elaborações de Norman Fairclough, este trabalho analisa o texto publicado na revista e apresenta a história que aborda a morte e renascimento de Superman, dividida em sequências e quadros estáticos.
Palavra-chaves: Quadrinhos. Superman. Discurso. Ideologia.
Mediadores
Ricardo Nogueira de Castro Monteiro
UFCA
Ricardo Nogueira de Castro Monteiro
UFCA
Doutor em Semiótica, Mestre em Letras e Bacharel em Composição pela Universidade de São Paulo, Ricardo Nogueira de Castro Monteiro é professor de Composição, Regência e Semiótica na Universidade Federal do Cariri – UFCA. É diretor do Núcleo de Teatro Musical da UFCA, regente da Orquestra UFCA e lidera um grupo de pesquisas semióticas credenciado junto ao CNPq que vem se dedicando ao registro, estudo e análise das manifestações da cultura popular do Cariri. Com diversos artigos publicados em âmbito internacional, faz parte do comitê científico da Academy of Cultural Heritage, do International Congress on Musical Signification e da Biennale Internationale d’Étude sur la Chanson, além de integrar a Comissão de Semiótica da Associação Brasileira de Linguística – ABRALIN. Foi co-diretor do congresso internacional da Academy of Cultural Heritage em 2019 na Grécia, e, no mesmo ano, a convite da Université de Lyon Lumière e da Université Aix-Marseille, apresentou os resultados mais recentes de suas pesquisas naquelas instituições. Atuando também na área de semiótica aplicada à análise do marketing e da comunicação, exerce regularmente desde 2005 atividade de consultoria nessa área, tendo em seu portfólio clientes como Johnson&Johnson, Nokia, ABN-Amro, Citibank, GE, Credicard, Banco Itaú, Banco Real, C&C e Hotéis Transamérica, entre outros.
Maria Emília de Rodat Barros
UFS
Maria Emília de Rodat Barros
UFS
Sou Doutora e mestra em Letras (UFBA). Em março de 2008, ingressei na Universidade Federal de Sergipe (UFS), onde, no atual momento, ocupo o cargo de professora associada (nível 3). Atuo no Departamento de Letras Vernáculas (Ensino, Orientação de projetos de IC), no Programa de Pós-Graduação em Comunicação. De março a dezembro de 2019, desenvolvi o plano de estudos pós-doutorais intitulado “Como ler filmes hoje? O Universo Cinematográfico Marvel (Os Vingadores): circulação e reatualização dos discursos”, no Programa de Pós-Graduação em Educação (PPGEdu / UFPE). Tenho experiência na área de Linguística (Teórica, Aplicada), com ênfase nos Estudos Discursivos de Foucault. Desenvolvo pesquisas acerca do ensino de Língua Portuguesa; acerca do discurso, do sentido, da mídia, da política, das relações de poder/saber, poder/verdade, poder/subjetividade. Além da experiência com o ensino universitário, atuei como professora de Língua Portuguesa, nas redes de ensino público (Recife – PE) e particular (Recife / PE; Aracaju / SE). Sou integrante do Grupo de Estudos Discursivos Foucaultianos (ANPOLL).