Gramática da libras
Participantes
- Comunicação oral
Gramática da libras
Resumo » Anderson Almeida da Silva
UMA PROPOSTA DE CATEGORIZAÇÃO DAS APONTAÇÕES LATERAIS EM LIBRAS
Neste trabalho propus uma categorização para os itens de apontação em libras. A partir da coleta e análise de dados de diferentes tipos e origens, identifiquei uma distinção fonológica entre a apontação demonstrativa não gramaticalizada, a apontação adverbial e as apontações laterais. Já as apontações laterais só se distinguem categoricamente pela sintaxe. Quando não acompanham um nome e estão sozinhas em posição argumental, são interpretadas como apontações pronominais, mas se acompanham um nome em posição argumental, a depender da ordem, pré ou pós-nominal, podem ser categorizadas, respectivamente, como artigos definidos e demonstrativos gramaticalizados.
Palavra-chaves: Categorias morfológicas. Apontações. Libras.
Brandon Jhonata Santana
UFMA
É Mestrando em Letras, pelo Programa de Pós-Graduação em Letras da Universidade Federal do Maranhão – UFMA (2020), Especialista em Libras, pela Faculdade FAMART (2020), e Graduado em Licenciatura em Letras-Libras, pela Universidade Federal do Maranhão – UFMA (2019). É membro do Grupo de Estudos e Pesquisas Interdisciplinar em Linguística e Línguas de Sinais GEPILLS (2017); Pesquisador-membro do Grupo de Estudos e Pesquisas em Línguas, Memórias, Identidades e Culturas – GELMIC (2020). Atualmente é Tradutor e Intérprete de Libras no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão – IFMA, campus São Luís/Monte Castelo. Tem experiência na área de Linguística e Língua Brasileira de Sinais, com ênfase em Sociolinguística, Terminologia, Socioterminologia e Terminografia, trabalhando principalmente com: catalogação e registro de sinais(termos) e variação em Libras.
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AS INFLUÊNCIAS DO PORTUGUÊS ESCRITO SOBRE AS PRODUÇÕES TERMINOLOGICAS EM LIBRAS: O TERMO DANDO FORMA AO SINAL-TERMO
Coautora: Georgiana Márcia Oliveira Santos
Este trabalho versa sobre as influências do português brasileiro sobre as terminologias da Eletricidade no contexto especializado de uso da Libras. O objetivo principal é expor o português brasileiro, em sua modalidade escrita, como um fator que influencia os sinais-termos em Libras, no contexto da Eletricidade. Para tanto, foram analisados dados recortados de uma dissertação de Metrado em Letras, em andamento, na Universidade Federal do Maranhão – UFMA, os quais foram coletados junto a sujeitos surdos usuários de Libras estudantes no Instituto Federal do Maranhão- IFMA – São Luís/Monte Castelo. A constituição teórico-metodológica deste estudo, firma-se nas contribuições de Cabré (1995), Krieger e Finatto (2020), Barros (2004), Tuxi (2017), Farias-Nascimento (2009), e outros. Os resultados mostraram que o contato com a língua portuguesa, em sua modalidade escrita, faz com que os sujeitos surdos membros da comunidade discursiva da eletricidade tendam a criar e utilizar sinais-termos inspirados na escrita do termo na língua oral, gerando, portanto, denominações que transplantam essa escrita de forma total ou parcial, por meio de empréstimos linguísticos. Pelo exposto, espera-se contribuir para os estudos linguísticos e terminológicos direcionados à Libras, dar visibilidade às produções terminológicas maranhenses e à comunidade surda especializada do Maranhão e do Brasil.
Palavra-chaves: Libras. Português. Terminologia. Eletricidade.
Michelle Andrea Murta
UFMG
Doutoranda em Linguística Teórica e Descritiva pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Mestre em Letras pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (2015). Licenciada em Letras/Libras pela Universidade Federal de Santa Catarina (2012). Atualmente, é Professora Assistente da UFMG, além de integrante do Grupo de
Pesquisa do CNPq: Núcleo de Estudos de Libras, Surdez e Bilinguismo (NELiS), que conta com a participação de pesquisadores da UFMG e de outras Universidades. Tem experiência na área de Linguística, atuando principalmente nos seguintes temas: Libras, Metáforas, Iconicidade, Literatura Surda e Educação.Comunicação oralGramática da libras
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MAPEAMENTOS ICÔNICOS NA ESTRUTURA INTERNA DOS VERBOS EM LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS
Coautor: Guilherme Lourenço
Este trabalho investiga os mapeamentos icônicos presentes na estrutura interna dos verbos na Língua Brasileira de Sinais (Libras). Entendemos iconicidade como uma relação analógica entre forma e significado, de modo que há semelhança ou similaridade entre eles (MEIR; TKACHMAN, 2018). Além da iconicidade, o presente trabalho aborda a estrutura morfofonológica dos verbos em Libras. Adotamos a proposta de Lourenço (2018a, 2018b) e Lourenço e Wilbur (2018) de que há uma simultaneidade de informações visuais, envolvendo cinco estruturas morfofonológicas do item verbal: as expressões não manuais, que compreendem a face superior e a face inferior, e os três parâmetros primários, que compreendem configuração de mão, movimento e locação. A partir dos conceitos de iconicidade e de estrutura morfofonológica interna dos verbos, questionamos se é possível identificar mapeamentos icônicos independentes em cada “camada” de informação visual da estrutura verbal, que chamaremos de slots morfológicos. Argumentaremos que há, sim, mapeamentos icônicos na estrutura morfológica do item verbal e que cada slot morfológico pode codificar relações icônicas entre forma e significado. Além disso, indicamos ser possível estabelecer o grau de iconicidade que um item verbal possui a partir da quantidade de mapeamentos icônicos presentes em sua estrutura interna, de modo a construirmos uma escala de iconicidade que leva em consideração a estrutura morfofonológica do item lexical.
Palavra-chaves: Morfofonologia verbal. Iconicidade. Língua de Sinais. Libras.
Felipe Aleixo
UFRR
Felipe Aleixo
UFRR
Professor e Coordenador (2021-2023) do curso de Letras Libras Bacharelado da Universidade Federal de Roraima, câmpus Paricarana (Boa Vista – RR). É doutor em Linguística e Língua Portuguesa pela Unesp de Araraquara (2021), mestre em Linguística e Língua Portuguesa pela Unesp de Araraquara (SP) (2015), especialista em Teorias Linguísticas e Ensino pela Unesp de Araraquara (2011), especialista em Ensino de Português, Literatura e Redação pelo Claretiano (2009) e licenciado em Letras Português/Inglês pelo Claretiano (2008). Tem experiência na área de Língua Portuguesa e Linguística, sobretudo quanto ao Ensino de Gramática sob a perspectiva funcional da língua. Além disso, interessa-se sobre os estudos da Gramática da Língua de Sinais Brasileira – Libras. É membro do Grupo de Pesquisa em Língua de Sinais da Unesp “SignL”.
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ANÁLISE DOS DOMÍNIOS DE USO DAS ORAÇÕES CONDICIONAIS NA LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS (LIBRAS)
Coautora: Angélica T. C. Rodrigues
Nesta pesquisa, temos o objetivo geral de demonstrar, à luz da perspectiva cognitivista elaborada por Sweetser (1990) e por Dancygier (2003), se os domínios de uso propostos pelas autoras se aplicam às orações condicionais na Língua Brasileira de Sinais (Libras). Assim, partindo de produções naturais de uso, extraídas do Corpus de Libras da UFSC, observamos que as orações condicionais, seja a partir de um enlace conjuntivo, em que há o uso das conjunções manuais SE e EXEMPLO, seja por um enlace justaposto, quer dizer, em que marcadores não manuais explicitam essa relação, podem ser analisadas segundo os domínios de conteúdo, epistêmico, de atos de fala e metatextuais. Com base na análise de 64 ocorrências extraídas do Corpus de Libras, adotamos critérios semântico-pragmáticos para mostrar que as condicionais em Libras atuam em todos os domínios propostos pelas autoras. Nossa pesquisa demonstra que, a partir de nossos resultados, abre-se margem para uma busca por elementos formais, como marcadores não manuais específicos, que suscitem o uso de cada um desses domínios.
Palavra-chaves: Orações condicionais. Libras. Línguas de Sinais. Domínios de Uso.
Melyssa Cardozo Silva dos Santos
UFF
Possui graduação em Letras (Português – Latim) pela Universidade Federal Fluminense (UFF). Mestrado em estudos de linguagem, com ênfase em Historiografia da Linguística, pelo Programa de Pós-Graduação em Estudos de Linguagem (PosLing-UFF). Graduação em andamento em Língua e Literatura Francesa (UFF). Integra o grupo de pesquisa: Filologia, línguas clássicas e línguas formadoras da cultura nacional (FILIC/CNPq/ UFF). Tem experiência na área de Letras, atuando nos seguintes temas: Historiografia Linguística e Línguas Clássicas.
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A DECIMA CLASSIS DOS SCHOLA AQUITANICA (1583): EDUCAÇÃO HUMANÍSTICA RENASCENTISTA À LUZ DA LINGUÍSTICA MISSIONÁRIA
Coautor: Leonardo Ferreira Kaltner
O presente trabalho tem por objetivo analisar, pela Historiografia da Linguística e pela Linguística Missionária, a décima classe do documento conhecido por Schola Aquitanica (1583), escrito em latim clássico, na variante humanística renascentista francesa. O documento educacional é o plano de estudos do colégio renascentista de Guiena, na França absolutista, que foi administrado pelo humanista português André de Gouveia (1497-1548). Sua educação linguística era inspirada no círculo intelectual de Erasmo de Roterdã e no desenvolvimento da corrente de pensamento do humanismo renascentista, pautado pelo ensino das línguas clássicas, no modelo de collegium trilingue. A décima classe era a classe educacional inicial, e o documento registra a alfabetização latino-francesa da época. Por fim, o documento é tema de estudos da Linguística Missionária, tendo em vista que o conteúdo de alfabetização era relacionado à matéria de cunho catequético, como parte da doutrinação cristã, no clima intelectual quinhentista. O humanista André de Gouveia também foi o fundador do Real Colégio das Artes de Coimbra (1548), em Portugal, e o documento assim teria influência na recepção do humanismo renascentista nesse contexto. No artigo apresentamos o texto latino, tradução e comentários, sobre o pensamento linguístico da época, além da contextualização da obra.
Palavra-chaves: Linguística Missionária, Historiografia da Linguística, Gramaticografia renascentista, Humanismo renascentista, Schola Aquitanica